A momondo desafiou-me a escolher o local ideal de férias🏖 em Portugal. Escolhi a cidade de Aveiro (Turismo in Aveiro).
Aveiro é a minha cidade, local onde passei toda a minha juventude e que conheço como a palma da minha mão🙌. Embora sendo uma cidade média, é grande no conteúdo e isso os aveirenses sabem como ninguém. Há tanto que visitar que a tornam um destino ideal para passar uns dias a descobrir os seus recantos.
Um dia ideal em Aveiro começa por levantar cedo🏃♂️ e experimentar as delícias da Pastelaria Latina ou da Ria Pão, Padaria e Pastelaria , para mim os melhores locais para adoçar a boca logo pela manhã! Depois é preciso queimar algumas calorias e nada melhor do que um passeio a pé junto aos canais da cidade.🏞
Aveiro é conhecido como a Veneza de Portugal. Seguir os seus canais, tanto nos transporta por algumas das atrações de Aveiro, como nos enche os olhos de cor, por exemplo com a passagem dos moliceiros, agora disponíveis para tranquilas viagens pela Ria. Nestas viagens não podemos ficar indiferentes ao canal de S. Roque onde ainda se veem as antigas casas de armazenamento do sal, ao cais do botirão, centro turístico da cidade, ao edifício da capitania de Aveiro ou à arquitetura da fábrica Campos, antiga fábrica de tijolo e telhas. Por falar, em arquitetura🏙, Aveiro é a capital do país de Arte Nova, uma expressão artística do século XX e que equipara os seus edifícios a cidades como Barcelona, Bruxelas, Budapeste, Glasgow, Helsínquia ou Havana. Alguns destes edifícios são hoje hotéis. Tenta reservar alguns pela app da momondo por aqui.
Pela hora de almoço deliciamo-nos com as especialidades gastronómicas🍽 da cidade, como Caldeirada de enguias, Robalo ao Sal ou o Polvo que podes degustar nos restaurantes típicos do centro. É impossível não ficar saciado como um ovo mole como sobremesa. Pela parte da tarde, percorremos a avenida Lourenço Peixinho descobrindo o pequeno comércio, mas com o objetivo de conhecer uma das estações de comboio🚊 mais bonitas de Portugal. Cravada de azulejos pintados🖌 à mão, aqui é possível observar em figuras, a história e personagens de Aveiro, como o mornoto e a peixeira.
O Sal é a vida de Aveiro. Por isso nada melhor que terminar o dia a ver o pôr do Sol🌅 no Cale do Oiro, no meio das salinas, onde para além da deslumbrante vista, é possível tomar banho terapêutico.
A ideia de fazer uma viagem aos Açores não era urgente. No entanto, a curiosidade aguçou-se! Olhei para o mapa e fazia sentido numa escapadela de quatro dias.
A viagem é rápida, por isso, quando aterras tens a “pica” toda para começar logo a descobrir São Miguel, a única ilha por onde íamos estar estes dias.
Alojamento
Quanto ao alojamento, a Beatriz acolheu-nos na Exclusive Guesthouse Praia de Santos, num antigo bairro de pescadores, mesmo nos arredores de Ponta Delgada. Fiquei deliciado com a decoração e pela amável equipa que nos recebeu. Fica junto à marginal, o que completa o quadro de aconchego. Podes ler mais sobre a estadia aqui.
Quanto à nossa viagem
Alugar um carro é imprescindível. Logo depois de pousarmos as malas, saímos disparados para o único local que queríamos visitar antes que o dia terminasse, as Poças de Dona Beija. Estas piscinas de água quente eram o aperitivo do prato principal que nos aguardava nos restantes dias. A entrada custa 4 euros. No entanto, sabem a muito mais e estariam sobrelotadas em qualquer cidade europeia. A temperatura exterior era cerca de 12º, por isso só apetecia estar dentro de água (39º). As várias piscinas tem uma cor preta e alaranjada como podes ver pelas fotos. O preto tem a haver com a cor da rocha e a cor alaranjada devido aos metais que compõem a água, e que cobrem a paisagem por onde passam. Saímos para jantar por volta das 19 horas e voltámos. Era irresistível. O cenário à noite parecia saído de um filme, com as luzes a iluminar apenas o suficiente para se ver a névoa levantada pela evaporação da água.
Para o dia seguinte tínhamos combinado uma excursão com o Daniel da Turisverde. É um dos guias mais antigos dos Açores. E depois de fazer esta viagem com ele acredito que é um dos que os conhece melhor. A minha opinião sobre os guias locais tem mudado. Tendo essa possibilidade, acho que se fica a conhecer muito melhor um sítio, ao invés de nos entregarmos orgulhosamente à descoberta de um local por nós próprios.
Fizemos a viagem pela costa sul, em direcção das Furnas. À medida que íamos avançando, iam aparecendo os monumentos e recantos históricos. Lagoa, Água de Pau, Vila Franca do Campo, Ribeira Quente eram as vilas mais pitorescas. Muita da espectacularidade dos Açores está nos seus lindos miradouros. Aquelas paisagens deslumbrantes que surgem nos altos e baixos da ilha. E o Daniel levou-nos a esses sítios fantásticos.
Continuámos e inflectimos então para as Furnas para presenciarmos o momento em que as panelas de cozido saem do chão, por volta do meio-dia. Almoçámos no Tony’s, um negócio que já se expandiu para 3 restaurantes. É necessário fazer reserva. Depois de almoço fomos à fábrica de chá Gorreana. Nestes dias, ainda invernosos e frios, sabe bem beber um chá quente. O Daniel explicou-nos o processo de fabrico do mesmo e, a própria fábrica oferece chá verde e preto para experimentares. Sabias que estes dois chás são apanhados da mesma planta? A única diferença está na maturidade das folhas que originam cada um deles.
Mais tarde tentámos fazer uma abordagem à Lagoa do Fogo. As nuvens baixas não permitiram observá-la, prazer que só viríamos a ter no dia seguinte. Ainda assim, fomos percorrer a estrada junto à costa norte: Ribeira Grande, Rabo de Peixe, Calhetas entre outras paisagens maravilhosas. As dicas do Daniel permitiram-nos continuar a descobrir a ilha de uma forma autónoma. Obrigado!
Os Açores permitem também explorar o Mar. Acho que vai sempre existir aquele sentimento de incerteza. Será que vamos ver alguma coisa neste mar imenso? Uma baleia? Um cachalote? Uma tartaruga? A Picos de Aventura disponibiliza uma estatística onde se registam os aparecimentos das várias espécies ao longo do ano. No briefing é comunicado que podemos não avistar qualquer espécie. No entanto, a sorte ia estar do nosso lado. Vimos imensos golfinhos comuns, uma espécie residente ao largo da ilha. No total mais de 50, espalhados pelo percurso que fizemos. Ora saltavam, ora brincavam. Valeu a pena ver esta espécie em liberdade, principalmente com a equipa de biólogos que estava connosco no barco, que iam esclarecendo algumas dúvidas e contando detalhes da vida marinha dos Açores.
Do mar era possível ver que o pico da Lagoa do Fogo estava meio descoberto, o que me levava a acreditar que poderíamos visitá-la de tarde. E assim foi, mas não com plena ausência de nuvens. Conseguiu-se ver a maravilha cratera do vulcão com água. Após uma breve sessão fotográfica, dirigimo-nos para Ponta Delgada, mas fizemos a viagem por Ribeira Grande, onde o Sol se começava a pôr. É a segunda maior cidade de São Miguel e é possível fazer uma caminhada para descobrir alguns dos seus recantos. À noite nada melhor que um passeio pela marginal de Ponta Delgada, onde atracam os Cruzeiros.
Acordámos. Só nos restava este dia para ver o resto da ilha, o lado Oeste da Lagoa das Sete Cidades. Ainda não tínhamos vindo para esta zona porque o tempo não tinha andado de feição. Através do site www.spotazores.com é possível ver o estado do tempo de vários locais, pelas imagens das câmaras espalhadas pela ilha. Neste último dia, finalmente podíamos estar descansados, estava bom tempo. Arrancámos logo de manhã em direcção ao que é, para mim, o melhor miradouro de São Miguel, a Boca do Inferno. Deste miradouro é possível ver imensas lagoas (Rasa, Santiago e Sete Cidades) divididas pelo verde dos montes e crateras de vulcões. Uma vista arrebatadora e fantástica. O acesso a este miradouro não é difícil e vale bem o esforço de o encontrar. Fica perto da Lagoa do Canário.
De seguida podes dirigir-te ao miradouro da Vista do Rei, de onde se vê a lagoa das Sete Cidades, com as suas duas cores. E até descer até Sete Cidades, a vila, bem no centro da cratera. Entretanto já se aproximava a hora de almoço e fomos percorrer a costa Oeste/Norte, desde Ferraria até Capelas. No caminho almoçámos em Mosteiros, uma vila piscatória em volta de uma baía.
O fim de tarde mereceu um lanche no Café central de Ponta delgada que tem uma óptima pastelaria e onde podes experimentar alguns bolos típicos da ilha como a Queijada de Vila Franca do Campo e as Fofas da Povoação.
Tendo a nossa viagem começado com um excelente aperitivo, não podia ter terminado melhor do que com este doce. Ainda ficaram mais oito ilhas por conhecer. Fica para uma próxima.
Onde almoçar/jantar?
O Galego, conhecido pela sua carne, com preço médio para 2 pessoas 30€;
Cais 20, para quem gosta de peixe, com preço médio para 2 pessoas 30€
Taberna Açor, para petiscos e produtos regionais. Preço médio para 2 pessoas 25€
Tony’s, para o cozido das Furnas. Preço médio para 2 pessoas 25€
Aluguer de carro? Plataforma Ryanair tem os melhores preços. Para estes 5 dias pagámos 170€ pelo aluguer de uma Fiat500 com seguro sem franquia, GPS e segundo condutor. O gasóleo ficou por mais 20€
Actividades na ilha
Guia turístico – Turisverde, com o Daniel. Pela sua experiência é a escolha mais acertada